Asteroides
Um asteroide (pré-AO 1990: asteróide)[1] são corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do Sol[2], fazendo parte dos corpos menores do sistema solar.
Possui geralmente da ordem de algumas centenas de quilômetros apenas. É também chamado de planetoide. O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "oide", sufixo que denota semelhança. São semelhantes aos meteoros, porém em dimensões bem maiores, possuindo forma e tamanhos indefinidos.[2]
Já foram catalogados mais de 20 mil asteroides,[3] sendo que diversos deles ainda não possuem dados orbitais calculados. São desconhecidos quase todos os de menor tamanho, os quais acredita-se que existam cerca de 1 milhão. [2] Estima-se que mais de quatrocentos mil possuam diâmetro superior a um quilômetro. Se juntássemos a massa de todos os asteróides conhecidos, ela seria inferior à massa da Lua. [2]
Ceres era considerado o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente 457 quilômetros[4], mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.
Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é de cerca de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter.[4] Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides. No entanto, dentro deste cinturão há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.
Alguns asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas Terra, Vênus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA (earth-grazers ou earth-grazing asteroids). Um deles é o famoso Eros.
Os asteroides troianos constituem outros espécimes particulares de planetoides que orbitam fora do cinturão.
Há muitas técnicas utilizadas para se estudar as características físicas dos asteroides: fotometria, espectrofotometria, polarimetria, radiometria no infravermelho etc. A superfície da maior parte deles é comparável à dos meteoritos carbônicos ou a dos meteoritos pétreos.
De acordo com as teorias mais modernas, os asteroides seriam resultado das condensações da nebulosa solar original, mas que não conseguiram aglomerar toda a matéria em volta na forma de um planeta devido às perturbações gravitacionais provocadas pelo gigantesco planeta Júpiter.[4] Outra teoria afirma que aí existia um planeta, mas que foi destroçado pela sua proximidade com Júpiter.[4]
Muito do conhecimento sobre asteróides vem do exame das rochas e dos fragmentos do espaço que caem na superfície da Terra, destes 92.8 porcento são compostos de silicato (pedra), e 5.7 porcento são compostos por ferro e níquel; o restante é uma mistura dos três materiais.[5]
Asteróides que estão numa rota de colisão com a Terra são chamados meteoróides.[5] Quando um destes atinge a atmosfera em alta velocidade, a fricção provoca a incineração desta porção de matéria espacial, provocando um raio de luz conhecido por meteoro.[5] Se um meteoróide não arde completamente, o que resta atinge a superfície da Terra e é chamado um meteorito.[5]
Meteoritos de pedra são os mais difíceis de identificar porque parecem-se muito com rochas terrestres.[5]